Passei minha infância entre o Rio de Janeiro e a casa de minha avó materna, Dona Pequena, em Salvador. Pequê, como a chamávamos, gostava muito de cantar, dançar e sempre tinha uma história engraçada ou de assombração para contar à criançada. Acho que puxei um pouco a ela. Hoje sou educadora social, mas fui bancária por muitos anos, ao final do expediente, sempre reunia os colegas para contar os acontecimentos interessantes do dia. Em casa não era diferente, contava para minhas filhas histórias inventadas que a cada dia tinham um final. Na Cia de Teatro Griô encontrei o meu lugar. Espaço de magia e encantamento, mas também de muita pesquisa e respeito à tradição oral e a nossa ancestralidade.
CIDA BASTOS